segunda-feira, 10 de junho de 2013

Dia de Camões e das Comunidades Portuguesas

Feliz dia de Portugal! Já viram? Até o google  fez em homenagem a Portugal neste dia.


Dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesa, dia de discursos, de palavras, de medalhas, de promessas , de desfiles, de comemorações... e, até, de "googlar"... hoje simplesmente lembramos um soneto de Camões:

 Portugal, Tão Diferente de seu Ser Primeiro 


 Os reinos e os impérios poderosos,
Que em grandeza no mundo mais cresceram,
Ou por valor de esforço floresceram,
Ou por varões nas letras espantosos.

Teve Grécia Temístocles; famosos,
Os Cipiões a Roma engrandeceram;
Doze Pares a França glória deram;
Cides a Espanha, e Laras belicosos.

Ao nosso Portugal, que agora vemos
Tão diferente de seu ser primeiro,
Os vossos deram honra e liberdade.
E em vós, grão sucessor e novo herdeiro

Do Braganção estado, há mil extremos
  Iguais ao sangue e mores que a idade.


 

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

Nota biográfica:

Luis Vaz de Camões terá nascido no ano de 1525, não se sabe exatamente onde e morreu a 10 de Junho de 1580, em Lisboa. Considerado uma das maiores figuras da literatura em língua portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente. Pensa-se que estudou em Coimbra, onde terá recebido uma sólida educação nos moldes  clássicos. Tudo parece indicar, que pertencia à pequena nobreza. Em Lisboa deve, mais tarde, ter convivido com personalidades importantes da Corte, como se depreende da sua obra poética. Envolveu-se, em amores com damas da nobreza e possivelmente plebeias, além de levar uma vida boémia e turbulenta.  Sabe-se que esteve  em Ceuta, onde perdeu o seu  olho direito, em combate. Depois de regressado a Lisboa, foi preso, em consequência de uma rixa com um funcionário da Corte.
Saiu logo no ano seguinte, inteiramente perdoado e partiu para a India, passando vários anos no Oriente. Terá sido nessa altura que compôs o primeiro canto de Os Lusiadas. De volta à pátria, publicou Os Lusíadas e recebeu uma tença anual de 15.000 réis, do rei D. Sebastião pelos serviços prestados à Coroa. Ao que se diz, morreu na miséria. No entanto, é difícil distinguir aquilo que é realidade, daquilo que é mito e  lenda romântica, criado sem torno da sua vida.



                                                

Fontes bibliográficas:            


Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. Lisboa:Editorial Verbo,1999, vol.5, p.972 a 978.
 

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